A alfabetização – a aquisição da tecnologia da escrita – não precede nem é pré-requisito para o "letramento", ou seja, para a participação nas práticas sociais de escrita, tanto é assim que os analfabetos podem ter um certo nível de "letramento": sem que hajam adquirido a tecnologia da escrita, utilizam a quem a tem para fazer uso da leitura e da escrita, além disso, na concepção psicogenética de alfabetização atualmente em vigor, a tecnologia da escrita é aprendida não como em concepções anteriores com textos construídos artificialmente para a aquisição das ‘técnicas’ de leitura e escrita, e sim por meio de atividades de "letramento", ou seja, de leitura e produção de textos reais, de práticas sociais de leitura e escrita." (SOARES, 1998, p. 92).
Dentro de um contexto de realidades e experiências devemos nos atentar ao letramento que deve caminhar junto à alfabetização, dando suporte significativo ao aprendizado da leitura e escrita. Como já dizia Freire, "Não basta saber ler que a Eva viu a uva. É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com este trabalho". Assim tem-se claro o papel do letramento, de dar sentido ao processo de alfabetização, fazendo o aluno se apropriar da língua em todos os sentidos. Respeitar antes de tudo, a leitura de mundo do nosso aluno é ser articulador de um caminho construído pelo aluno através de suas competências e habilidades.
Neste processo é fundamental que o sujeito se aproprie da leitura e da escrita de diferentes formas, em diferentes contextos!!!
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